quinta-feira, 11 de julho de 2013

CIDADE EUROPEIA QUE TRANSFORMA LIXO EM ENERGIA LIDA COM FALTA DE MATÉRIA PRIMA



A cidade de Oslo, Noruega, importa lixo. Ele é trazido da Inglaterra e da Irlanda, mas também da Suécia e de outros países da região. A cidade chega a ter planos para importar lixo do mercado americano.

“Eu gostaria de importar lixo dos Estados Unidos”, disse Pal Mikkelsen, em seu escritório em uma grande fábrica na periferia da cidade que transforma lixo em aquecimento e eletricidade. “O transporte marítimo é mais barato.”

Oslo, uma cidade que aposta na reciclagem, onde cerca de metade da cidade e a maioria de suas escolas são aquecidas através da queima de lixo – lixo doméstico, resíduos industriais, até mesmo resíduos tóxicos e perigosos provenientes de hospitais e apreendimentos de drogas – tem um problema: ela está, literalmente, com falta de lixo para queimar.

O problema não é exclusivo de Oslo, uma cidade de 1,4 milhões de habitantes. Em todo o norte da Europa, onde a prática de queimar lixo para gerar calor e eletricidade aumentou drasticamente nas últimas décadas, a demanda por lixo é muito superior à oferta. “O norte da Europa tem uma enorme capacidade de geração”, disse Mikkelsen, 50, um engenheiro mecânico no ano passado foi o diretor da agência responsável por transformar lixo em energia.

No entanto, a população exigente do norte da Europa produz apenas cerca de 150 milhões de toneladas de resíduos por ano, disse ele, muito pouco para abastecer e incinerar plantas que possam lidar com mais de 700 milhões de toneladas. “E os suecos continuam construindo” mais plantas, disse ele, com uma expressão de desespero no rosto, “assim como a Áustria e a Alemanha.”

A maioria das pessoas aprova a ideia. “Sim, absolutamente”, disse Terje Worren, 36, um consultor de software, que admitiu gerar aquecimento para sua própria casa com combustível e aquecer sua água com eletricidade. “É uma ótima maneira de reutilizar o lixo.”

Para alguns, pode parecer bizarro que Oslo iria recorrer à importação de lixo para produzir energia. A Noruega está classificada entre os 10 maiores exportadores mundiais de petróleo e gás, e tem abundantes reservas de carvão e uma rede de mais de 1,100 usinas hidrelétricas em suas montanhas ricas em água. No entanto, disse Mikkelsen, a queima de lixo foi “uma estratégia de utilizar energia renovável, para reduzir o uso de combustíveis fósseis.”

É claro que outras regiões da Europa estão produzindo grandes quantidades de lixo, incluindo o sul da Itália, onde cidades como Nápoles contratou cidades na Alemanha e na Holanda para aceitarem seu lixo, ajudando a neutralizar a crise do lixo napolitano. Apesar de Oslo ter considerado aceitar o lixo italiano, preferiu ficar com o que disse ser o lixo inglês, limpo e seguro. “É uma questão sensível”, disse Mikkelsen.

Ainda assim, nem todo mundo se sente confortável com a proposta de acumular lixo. “De um ponto de vista ambiental, é um problema enorme”, disse Lars Haltbrekken, o presidente do mais antigo grupo ambientalista da Noruega, uma afiliada da Amigos da Terra. “Existe uma pressão para produzir mais e mais lixo, porém só enquanto exista essa demanda.”

Em uma hierarquia de objetivos ambientais, Haltbrekken disse que produzir menos lixo deveria ficar em primeiro lugar, enquanto gerar energia a partir do lixo deveria ficar em último lugar . “O problema é que nossa menor prioridade entra em com nosso principal objetivo “, disse ele.

“Então, agora nós importamos lixo de Buenos Aires e outros lugares, e também conversamos a respeito da possibilidade de importar lixo de Nápoles”, acrescentou. “Nós dissemos, ‘OK, pelo menos nós estamos ajudando os napolitanos, ‘ mas isso não é uma estratégia de longo prazo.”

De acordo com urbanistas, talvez não, mas por enquanto é uma necessidade. “A reciclagem e recuperação de energia têm que andar de mãos dadas”, disse Rooth Olbergsveen, da agência de recuperação de resíduos da cidade. Reciclagem tem feito progressos, disse ela, e a separação de lixo orgânico, como restos de alimentos, está permitindo que Oslo produza biogás, que está agora alimentando alguns ônibus no centro de Oslo.

Haltbrekken reconheceu que ele não se beneficia da energia gerada pelo lixo. Sua casa, perto do centro da cidade, construída por volta de 1890, é aquecida pela queima de pedaços de madeira, e sua água é aquecida eletricamente. Em geral, segundo ele, a Amigos da Terra, apoia as metas ambientais da cidade.

No entanto, ele acrescentou: “A curto prazo, é claro, é melhor queimar o lixo em Oslo do que deixá-lo em Leeds e Bristol.” Mas, “a longo prazo”, disse ele, “não”.

(Fonte: Portal iG)

terça-feira, 7 de maio de 2013

FIM DOS LIXÕES VIRA UM SONHO DISTANTE


lixão




Fim dos lixões vira um sonho distante – Prefeitos assumem incapacidade para 
acabar com depósitos a céu aberto até 2014, como manda a lei, e pedem mais prazo

“Meu pai e minha mãe me criaram com isso daqui, eu tirei o sustento dos meus filhos daqui, e, hoje, o do meu neto também. Se isso acabar, como é que nós vamos ficar?”, indaga Cosme de Assis, catador do Lixão da Estrutural, aqui no Distrito Federal, sobre a desativação do lugar. Cosme está incrédulo quanto às promessas de readequação dos catadores após o fim dos lixões, exigido pela Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), aprovada em 2010. O prazo para que todos os lixões a céu aberto do país sejam desativados vai até 2 de agosto do ano que vem. Mas, se depender de muitos prefeitos brasileiros, catadores como Cosme vão continuar vivendo no lixo por mais tempo. Matéria de Étore Medeiros e Marianna Rios, no Correio Braziliense, socializada pelo ClippingMP.

O temor dos prefeitos tem procedência. O Ministérios Público poderá processar os prefeitos por improbidade administrativa, caso não desativem os lixões. Se isso ocorrer, todos poderão ficar inelegíveis. “Temos prefeituras no Acre, como a de Porto Walter ou de Santa Rosa do Purus, em que o prefeito não tem sequer um servidor de nível superior. Então, cada caso vai depender da postura e da sensibilidade do promotor e do gestor municipal”, diz a procuragora-geral do Acre, Patrícia de Amorim Rêgo.

Relator da lei que instituiu a PNRS, o deputado federal Arnaldo Jardim (PPS-SP) critica a proposta dos prefeitos. “A legislação tem que premiar posturas e punir quem não segue uma regra. Sou terminantemente contrário a qualquer dilatação do prazo”, afirma.

Novos prazos

O MMA estima que apenas 20% dos 5.565 municípios brasileiros concluíram os projetos ou solicitaram verbas para sua elaboração até 2 de agosto de 2012, quando expirou o prazo legal para esta etapa do processo.

O gerente de Projetos da Secretaria de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano, Saburo Takahashi, revela que o órgão vai soltar, em breve, uma nova chamada para os municípios que perderam o primeiro prazo. “Para atender os 80% que restam, temos de tomar pé da situação e verificar como poderemos apoiar esses municípios que ainda não têm planos.”

Em Igaci, a 150 Km de Alagoas, o prefeito Oliveiro Pianco (PMDB) nem bem foi empossado e já recebeu uma intimação do Ministério Público para acabar com o lixão da cidade, de 25 mil habitantes, sob pena de pagar do próprio bolso multa de R$ 1 mil por dia. “Disseram que não podiam dar um prazo maior, pois tinham dado à gestão anterior”, reclama. A solução foi mandar os resíduos para o lixão da vizinha Palmeira dos Índios, a 15 km de distância. Dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) apontam que ainda há 2,9 mil lixões para serem erradicados em todo o Brasil, distribuídos em 2.810 municípios. A maioria, de pequeno porte, como Igaci, que, para se adequar à PNRS, se consorciou com Palmeira dos Índios e mais 11 municípíos do agreste alagoano para construir dois aterros sanitários de uso comum.

Para Maria Vitória Ferrari, pesquisadora em gestão e tecnologia de resíduos da Universidade de Brasília, “a questão é cultural, é a forma que convivemos com o lixo. Se os municípios tiverem mecanismos, as pessoas estão dispostas a fazer as coisas certas. Mas é preciso campanhas longas e contínuas de educação”, conclui a pesquisadora, ressaltando o papel individual no cuidado com os resíduos, mesmo após a implementação da PNRS.

Municípios                   Municípios com lixões

Brasil                    5.565          2.810    (50,5%)
Nordeste               1.794          1.598    (89,1%)
Norte                       449             380    (84,6%)
Centro-Oeste           466             339    (72,7%)
Sudeste                 1.668             311    (18,4%)
Sul                         1.188            182    (15,3%)
Fonte: Ipea


Aterro do DF sub judice

Enquanto a Novacap licita as obras de infraestrutura para o futuro Aterro Sanitário de Samambaia, o certame para contratar os serviços de impermeabilização do local e a empresa que vai operar o depósito foi suspenso em fevereiro pelo Tribunal de Contas do DF. “Já respondemos aos questionamentos, mas o tribunal não se manifestou. Estamos de mãos atadas, infelizmente, em função dessa paralisação. O fim do Lixão da Estrutural depende da entrada em operação do aterro de Samambaia”, lamenta o diretor da assessoria de Planejamento e Projetos Especiais da Secretaria de Limpeza Urbana (SLU), Edmundo Gadelha. Ele estima em seis meses o tempo necessário para que o aterro sanitário entre em operação, após a liberação judicial.

“A legislação tem que premiar posturas e punir quem não segue uma regra. Sou terminantemente contrário a qualquer dilatação do prazo”

Arnaldo Jardim (PPS-SP), deputado federal e relator da Política Nacional de Resíduos Sólidos

O que diz a lei

A Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) passou duas décadas em tramitação no Congresso até virar lei em 2010. Um dos principais objetivos é fazer com que o Brasil atinja o índice de reciclagem de resíduos de 20% até 2015, que é uma das metas do Plano Nacional sobre Mudança do Clima. A política do lixo tem horizonte de 20 anos e será atualizada a cada quatro anos. Uma das principais novidades da PNRS é a logística reversa, que determina a responsabilidade compartilhada entre fabricantes, fornecedores, comerciantes e consumidores de produtos para garantir que os resíduos sejam descartados de forma ambientalmente correta. A lei também institui programas de coleta seletiva, educação ambiental e inclusão dos catadores de material reciclável em todos os municípios. Também exige padrões sustentáveis de produção e de consumo, e reciclagem de resíduos. O ponto mais polêmico é, sem dúvidas, a exigência para que estados e municípios desativem todos os lixões e instalem aterros sanitários até 2 de agosto de 2014. A lei admite que os municípios formem consórcios para a gestão dos resíduos sólidos. Segundo o texto, o prefeito que não cumprir o prazo pode ser processado por improbidade administrativa. As cidades tiveram dois anos para se adequar à política nacional, mas a maioria sequer elaborou o Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos, que é a primeira etapa do processo.

FONTE EcoDebate, 06/05/2013




quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

FELIZ ANIVERSÁRIO LETÍCIA

  

Letícia

Aproveito essa data para te desejar hoje e sempre que possa você ter muitos anos de vida, abençoados e felizes, e que estes dias futuros sejam todos de harmonia, paz e desejos realizados.

lembra dessa noite?

Você é linda


 
Que jantar foi esse?

 Executiva

Quase apanhei por essa foto? 

Você internacional

Após a turbulência


Meu amor;

Parabéns e muitas felicidades a você, que com esse seu jeitinho me faz uma pessoa muito feliz. Que seu coração, esteja sempre em festa, porque você é um ser de luz e especial para mim.

Uma pequena homenagem a mulher da minha vida

 Te amo!!!


 Charles